Reajuste e fim do fator previdenciário são debatidos

O reajuste de 29 milhões de segurados do INSS em 2013 voltou a ser discutido na segunda-feira, numa audiência pública sobre o fim do fator previdenciário (espécie de redutor dos benefícios), na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa da Câmara dos Deputados. Segundo Luiz Adalberto, conselheiro da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), os parlamentares prometeram se empenhar para aprovar um aumento além da inflação. A proposta inicial, recusada pelo governo, previa correção de 7,3% (80% do crescimento do PIB, mais variação inflacionária).

Ontem, representantes dos aposentados promoveram um debate, na Câmara, a fim de pressionar pela concessão do reajuste e pela votação do fim do fator previdenciário, que deverá ocorrer ainda nesta semana.

Segunda-feira, o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), afirmou que a fórmula para substituir o fator que está mais “próxima de um entendimento” entre os parlamentares é a que vem sendo chamada de “85/95”.

Pela proposta, a aposentadoria integral seria concedida quando a soma da idade e dos anos de contribuição do trabalhador atingisse 85, no caso das mulheres, ou 95, para os homens.

— Não é ideal, mas pior do que o atual fator previdenciário, não existe — disse Paim.

Em geral, o fator reduz o valor do benefício de quem se aposenta mais cedo — isto é, antes de 60 anos, mulheres; ou 65, homens. (Extra Online)