Estudo compara os benefícios econômicos de quem se
filia ao INSS com regimes de previdência privada
O Informe de Previdência
Social traz um artigo do Especialista em Políticas Públicas e Gestão
Governamental, Filipe Peixoto, sobre as vantagens econômicas de ser filiado à
Previdência Social.
O objetivo do estudo, segundo o autor, era analisar
se, além de garantir proteção social aos trabalhadores, a Previdência Social
também oferecia vantagens do ponto de vista econômico, quando comparada a outros
tipos de seguros previdenciários.
O artigo compara a
aposentadoria por idade do contribuinte individual com a previdência privada
aberta do tipo VGBL e com a poupança.
O estudo analisa a
expectativa de sobrevida do aposentado e apresenta as regras para a
aposentadoria por idade. Em uma das simulações, Peixoto mostra a vantagem
econômica da mulher que se aposenta por idade, na condição de contribuinte
individual, aos 60 anos e trinta de contribuição.
“Nesta idade, ela tem a
expectativa de viver mais 273 meses (ou até os 82,8 anos) e, em apenas 8 anos e
2 meses após o recebimento da aposentadoria, ela, em tese, recuperaria toda a
sua contribuição previdenciária realizada por 30 anos, já descontados a
inflação, o custo de oportunidade e as contribuições totais feitas”, explica. A
mesma vantagem também foi observada no caso dos homens.
Na comparação
com a previdência privada (VGBL), considerando uma contribuição mensal de R$
831,80 por 30 anos, a Previdência Social ofereceu uma aposentadoria mais que
duas vezes maior que a da previdência aberta.
Considerando as condições
apresentadas pelo estudo, um homem receberia, mensalmente, R$ 1.789,71 com a
previdência privada contra R$ 4.159,00 da Previdência Social. “Mesmo
considerando o resgate do saldo acumulado (caso do VGBL), a previdência social
ofereceria proteção mais ampla”, diz o autor.
Segurados buscam planos
privados para aumentar benefício
A busca pelos planos de
previdência privada ou complementar visa, segundo especialistas, completar a
baixa remuneração paga pela aposentadoria do Instituto Nacional de Previdência
Social (INSS) . Esse fato é que está levando os trabalhadores a repensar seu
futuro e partir para aplicações em previdência complementar ou
privada.
Bancos e seguradoras que trabalham com este tipo de
aplicação estão sendo procurados com mais frequência por trabalhadores das mais
variadas categorias que procuram fazer aplicações visando aumentar, no futuro,
sua aposentadoria.
Algumas empresas também já aderiram à este sistema
complementar como um benefício a mais para seus empregados.
No último
trimestre a arrecadação do mercado de previdência complementar recebeu um
impulso maior do que no mesmo período de 2012. O volume de novos recursos no
setor foi de R$ 18,9 bilhões, com alta de 26,8%. Os dados foram divulgados
nesta semana pela Fenaprevi.
Osvaldo Nascimento,
presidente da entidade, diz que o cenário de juros baixos foi o que influenciou
na alta, já que ele torna mais interessante a poupança de longo prazo, sem
contar outros benefícios.
A previdência privada
funciona como um tipo de investimento de longo prazo. No momento da contratação
do seguro, o cliente determina a idade que se quer dispor do dinheiro
investido.
Quando atingir essa idade, é possível escolher pelo
resgate total, transformá-lo em renda mensal (como no INSS) ou, ainda, deixar
acumulando e rendendo. Os resgates antes do prazo final variam de acordo com as
normas de cada instituição. (Francisco Aloise - Diário do
Litoral)
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